quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

«Guernica» de Picasso


Pablo Picasso pintou este quadro em 1937, por ocasião da Exposição Internacional de Paris. Representa, a preto e branco, o bombardeamento sofrido pela cidade de Guernica, na província da Biscaia, País Basco, em 26 de Abril de 1937, por aviões alemães, em apoio ao ditador Francisco Franco, em plena guerra civil espanhola.

                                  A Árvore de Guernica, que sobreviveu ao ataque
 
A cidade ficou completamente destruída, provocando a morte a um grande número de pessoas, não se sabe ao certo. Este odioso e vil ataque serviu também para testar aviões de guerra e ganhar experiência no combate aéreo. As tropas de Franco aproveitaram «a ajudinha» dos alemães e invadiram a cidade pouco dias depois.
Este foi mais um lamentável episódio da  História do século XX e dos tempos sangrentos de Hitler, contra a Humanidade, contra os direitos humanos e contra pessoas inocentes e indefesas.

Ficou perpetuado por Pablo Picasso no seu admirável quadro, que tive a sorte de poder ver no Centro Nacional de Arte Rainha Sofia em Madrid, há uns 20 anos atrás.
Se o pudesse ver de novo, neste momento, iria olhar para ele com sentimentos muito diferentes. 
Em 1937 os alemães deitaram bombas sobre Guernica, invadindo um país que não lhes pertencia e destruindo uma cidade.


E em 2012, o que está a fazer a Srª Merkel e a sua Troika, que não elegemos nem escolhemos para nos governar???
As bombas já não são as mesmas, felizmente, mas a destruição da Europa, os ataques aos países mais pequenos e indefesos estão a provocar danos tão graves como essas bombas que cairam sobre Guernica: fome, desemprego, vidas adiadas e hipotecadas, morte. E ainda por cima, acho que com a mesma malévola intenção de fazer experiênias, para ver o que é que isto vai dar!!!
Guardadas as devidas distâncias, salvaguardando a estima que tenho pelos alemães em geral, que não têm nada a ver com isto (já conheci alguns bem simpáticos),  o quadro de Picasso pode representar hoje não só a destruição de Guernica, mas muitas outras destruições a que estamos a assistir na Europa do século XXI.   



 

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