domingo, 16 de novembro de 2014

«Blue Tango» de Leroy Anderson




Recordação dos longínquos anos 50, em que muitos de nós nasceram:

Blue Tango, composto por um americano de Boston, Leroy Anderson,  filho de pais suecos e estudioso de línguas guturais, no ano de 1952. 
 Foi tocado e cantado por todos, mas a melhor voz que o interpretou foi a de Gisele Mackenzie, cantora canadiana.
Aqui fica o registo deste Tango Azul, numa tarde de nostalgia outonal.




https://www.youtube.com/watch?v=rymW8rvSEMM&list=RDiOpdZBoc-xg

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Por terras do Douro

 
Logo depois de atravessarmos uma trémula ponte de pau, sobre um riacho quebrado por pedregulhos, o meu Príncipe, com o olho de dono subitamente aguçado, notou a robustez e a fartura das oliveiras... E em breve os nossos males esqueceram ante a incomparável beleza daquela serra bendita!
 
                                                                              Eça de Queirós, A cidade e as serras
 
 
 
Férias no Douro
 
Passar alguns dias na Casa do Almocreve neste mês de Agosto de 2014 foi, para mim, uma bela experiência e uma ótima oportunidade de conhecer mais um pouco desta paisagem do Douro, in loco.
 



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma coisa é passar por lá, ver aquelas magníficas paisagens a bordo de um barco, de um comboio ou de carro (o que já é magnífico), outra é ficar mesmo lá a viver alguns dias, fazer passeios a pé, percorrer todos ou quase todos os recantos, reinventarmos um caminho nosso, à imagem de Jacinto, do romance A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós.
 
 

 
 
Nesta Casa, bem lá no alto, na Portela do Gôve,  é-se bem acolhido por gente simpática e competente,  fica-se bem alojado com vista para a Serra de Montemuro, de um lado, e para as encostas do Douro, do outro.
 
 


O único inconveniente é ter de tomar duche num quadrado de meio metro, aproximadamente, mas as paisagens compensam, bem como os deliciosos pequenos-almoços tomados na sala comum da Casa.
O restaurante em baixo também serve  bem, a preços aceitáveis. Adorei o leite creme.
 
 
 
Em resumo, valeu bem a pena. Mesmo com a chuva deste verão incerto, aproveitámos cada minuto de forma agradável, neste lugar único que é o Douro, as suas encostas e os seus socalcos. E as suas hortas, como não podia deixar de ser!
 
 
 
 
Sem dúvida, um dos nossos melhores patrimónios paisagísticos e ambientais, onde amadurecem as uvas que darão o delicioso néctar usado no fabrico do famoso Vinho do Porto.
 
 
 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

«As aventuras de Pinóquio» - filmes

Pinóquio no ano 3000
Roberto Benigni/Pinóquio
 

As aventuras de Pinóquio, de Collodi,  é um texto simbólico, que utiliza uma linguagem simples e universal. Para todas as idades.
É um dos livros mais fantásticos de todos os tempos, sobre a vida e a infância, na minha opinião.
Vi hoje, num dos canais da cabo, mais uma versão desta obra, realizada por  Roberto Benigni ( lembram-se dele no belíssimo filme A Vida é bela), que representa desta vez o papel de Pinóquio. E que papel!!!
Desde 1940 até aos nossos dias, muitos têm sido os filmes inspirados nesta história simples e comovente do boneco de madeira que quer ser menino de verdade.
 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Cores da terra e da ria

 
Na Reserva natural da Ria Formosa, perto de Olhão
A natureza é formosa e pródiga
Para homens animais e plantas
Entre o verde das piteiras e dalguns barcos
O amarelo vivo das azedas
O rosa pintado dos figos maduros
E o azul doutros barcos da ria e do céu
Tudo se mistura e nos enche os olhos
Aqui tudo é um  mundo de sonho
De terra e de pedra e de areia
De pureza e de paixão.

sábado, 21 de junho de 2014

Cânfora, a magia do Oriente



Entrou hoje o verão pelas nossas casas, timidamente.
E muitos armários ainda estão por arrumar...pelo menos na minha casa, em obras de remodelação.
O que significa que as traças ainda podem andar à solta, bem escondidas por entre os tecidos ou lãs.
O melhor remédio, quanto a mim, ainda é a cânfora.
Desde que descobri os pacotinhos de cânfora, à venda em drogarias e até na loja do chinês   do meu sítio, não quero outra coisa. Um pacotinho, que custa 80 cêntimos, tem 4 pastilhas da mágica substância retirada da seiva da canforeira.
 
Uma em cada prateleira ou gaveta, adeus traças e fica no ar um cheirinho bom(desde que não se seja alérgico, claro).
Também é conveniente não deixar ao alcance dos animais, não vá o cão ou o gato gostar de comer  estas preciosas e mágicas pastilhazinhas.
 
 
 
O único inconveniente: as gavetas são muitas, nunca chegam os pacotes de cânfora que comprei e tenho de voltar à loja para comprar mais.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

«A Paixão...» de Al Berto




Al Berto, pseudónimo de Alberto Raposo Pidwell Tavares, nasceu em Coimbra em 11 de Janeiro de 1948, e morreu em Lisboa em 13 de Junho de 1997, de linfoma.

Relembrar Al Berto no dia em que faz precisamente 17 anos que morreu, é um bom motivo para este dia de Santo António.
Há os que nascem no dia deste santo casamenteiro, como Fernando Pessoa, e há os que morrem, como Al Berto. Nem um nem outro tiveram possibilidade de escolha, mas entre os dois há algo que os liga, a Poesia, a escrita e um santo. E provavelmente mais coisas...

A Paixão talvez seja a ausência de um corpo que desperta a intensidade da vida no interior doutro corpo; lugar onde a luz mal emergiu ainda, e as palavras se formam a partir de vestígios de silêncio...
Depois, a mão executa-as, mata-as um pouco ao alinhá-las sobre desertos brancos...

                                                                                                           Al Berto

Para verem o próprio Al Berto recitando os seus poemas na Casa Fernando Pessoa, é só clicar.

www.youtube.com/watch?v=iw6Ne1qZMsE


terça-feira, 10 de junho de 2014

« O Amor em tempos de cólera» de Grabiel Garcia Marquez


O Amor em Tempos de Cólera de Gabriel Garcia Marquez é um grande romance (371 páginas) de amor em que o autor prova que este sentimento é (e será sempre, digo eu) o grande motivo da vida universal, a energia maior que nos faz levantar todos os dias, capaz de vencer todos os obstáculos, nem que leve uma vida inteira.
 
A chama que temos de acender logo de manhã, e manter iluminada ao longo do dia. Contra tudo e contra todos!



O mesmo acontece com os manatins, esses belos e redondos animais que povoavam o rio Amazonas e alguns rios da América Latina!!



Até serem abatidos um a um, numa fúria criminosa dos caçadores que os matam a tiro, até ao extermínio quase total...


A união destes dois temas, o elogio do amor e a defesa da natureza, fazem deste livro um bom motivo para lhe dedicarmos muitas horas das nossas vidas.