sábado, 20 de junho de 2015

«O Segredo» no Parque Eduardo VII

 
O Segredo de Lagoa Henriques
 
O Segredo” é um grupo escultórico constituído por duas figuras femininas que segredam, obra realizada no material que Mestre Lagoa Henriques melhor manuseou - o bronze.
Esta peça foi distinguida em 1961 (ano em que foi construida) com o 1º Prémio de Escultura na «II Exposição de Artes Plásticas» da Fundação Calouste Gulbenkian.
«O Segredo» vagueou por outras mostras. Esteve exposto no Museu Rodin, em Paris e em 1988 na Avenida da Liberdade, por ocasião da «Libesc’88» (Bienal Internacional de Escultura e Instalação).

Dez anos depois, foi colocada num espaço público, no alto do Parque Eduardo VII. Lagoa Henriques nunca quis vender esta escultura, tendo a intenção de não se desligar dela e desejando passar o resto da vida com aquele momento especial que, para ele, deve ter sido inesquecível.
«Não é uma peça feita por encomenda. Fi-la para mim, foi feita para reproduzir um deslumbramento», sublinha o escultor, acrescentando que «O Segredo», encerra «uma grande carga dramática». Como todos os segredos, este encerra uma história que não se quer revelada.
 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Poesia na Ericeira


                                                                                               Ericeira


D' entre os homens, o Poeta é o que vive mais próximo dos animais e dos deuses.
 
Mar da Ericeira
 
O Poeta e o Herói são dois milagres; contradizem a Natureza, como duas pedras que voassem.
 
 
Poeta quer dizer Possesso. Não devemos confundir os artistas do verso com os criadores de Poesia. Os primeiros interessam apenas à Literatura, ao passo que os segundos têm um interesse vital e universal, como uma flor ou uma estrela.
 
                                       Teixeira de Pascoaes

domingo, 24 de maio de 2015

«Regresso ao Gerês» de Maria Isabel


 
Regresso imaginante ao Gerês
Regressamos ao Gerês
Neste domingo ventoso

Lá ficaram os trilhos
Das verdes montanhas
Que calcorreámos sem cessar

Lá ficaram os bancos de pedra
As fontes as cascatas as lagoas translúcidas
Que refrescaram os nossos corpos
E saciaram a nossa sede
 
Aqui estamos nós de novo
Neste domingo saudoso.
Maria Isabel
 
 

 



 

 

 



quinta-feira, 21 de maio de 2015

«Ode à alegria» de Friedrich Schiller


 
Ode à Alegria


Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até à morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!



Parte do verso da Ode à Alegria, de Friedrich Schiller, utilizado por Ludwig van Beethoven, na sua Nona Sinfonia.
 
A União Europeia, nos tempos em que ainda se chamava CEE, adoptou estes versos  de Schiller e esta música de Beethoven, para o seu próprio hino.
Era muitas vezes tocada em diversas ocasiões protocolares, ouvia-se constantemente.
Agora, nunca mais a ouvi. Sinal de que a UE mudou? De que já não se bate pelos mesmos ideais de alegria, de lealdade, de amizade?
Muita coisa mudou, certamente. Mas a alegria de viver juntos numa Europa unida não devia ter mudado!
Aqui fica a nota, para que não seja esquecido o Hino à Alegria.

www.youtube.com/watch?v=nTJ1bL1_TLQ

terça-feira, 19 de maio de 2015

Finok, nos Olivais Sul



Um dia destes, ao passar na 2ª circular, fui surpreendida por uma grande pintura mural num prédio dos Olivais Sul, que pertence à minha memória de vida.
Que giro, pensei eu.
E pensar que passava por ali tantas vezes, na minha infância e adolescência, a caminho da paragem do autocarro, ou a caminho de casa.
 
 
 
Eram uns prédios de gente humilde, que tinha sido realojada no bairro dos Olivais, perto do prédio onde eu vivia (para gente menos pobre),e como este fica mesmo virado para a estrada principal, foi o feliz contemplado.
Um prédio de gente pobre dos Olivais, que neste momento será talvez menos pobre (sublinhe-se o talvez), que devido à arte de Finok, ficou agora mais bonito. E o bairro mais alegre.
 
 
Arte sim, porque este é um bom exemplo de arte urbana.
Oxalá que se façam mais pinturas destas, e que perdurem por muito tempo. Já agora, que os prédios (estes e outros) sejam repintados por inteiro, que estão uma desgraça.
 
 
 
Vermelho e verde, as cores escolhidas por Finok, porque gosta de pintar com elas, explica o artista.
Descendente de japonês com espanhol e nascido nos Estados Unidos, ele próprio uma miscelânea de raças e nacionalidades.
Uma boa miscelânea e uma boa «misturada», sem sombra de dúvida.
 
 
 
Parabéns à Câmara de Lisboa, aos Olivais Sul o meu bairro, e ao Finok, artista do mundo. Devem continuar!
 
 
 

sábado, 16 de maio de 2015

«Nos meus olhos o mar» de Maria Isabel

 
Nos meus olhos o mar

Da minha janela

Sonho que vejo o mar

É um mar sempre azul

Um mar sempre a brilhar

Não é um mar sombrio

Não é um mar amargo


É a imagem da vida

A espuma branca a pairar

Nos meus olhos e no ar.

 
Não é um mar esquecido

Que mata a nossa memória

É o mar infindo do amor

 
É o espanto de tanta beleza

Que brilha nos olhos e na alma

Da minha janela

Sonho... e vejo o mar.

                          Maria Isabel


 
                                                                                     
 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Figueira da Foz- tonalidades

                           
                                                            
Forte de Santa Catarina
 
 
CANÇÃO DA FIGUEIRA DA FOZ

Figueira,

Figueira da Foz

Das finas areias

Berço de sereias

Procurando abrigo.

Estrelas, doiradas estrelas

Enfeitam o Mar

Que pede a chorar

Para casar contigo.


Figueira, e à noite o luar,

Deita-se a teu lado

A fazer ciúmes

Ao teu namorado.


E a Serra, que te adora e deseja,

Também sofre com a luz do Sol

Que te abraça e te beija.

 António Sousa Freitas / Nóbrega e Sousa
 
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